Sem pretensões... Apenas para partilhar as palavras que me sufocam e voam demasiado céleres dentro do meu pensamento, reunidas em poemas que contam estórias... ou em crónicas de ninguém, sempre inventadas... por uma maria de luz (sem acordo ortográfico)
domingo, 29 de maio de 2011
Recado
Não paro de querer
Porque não paro de me embriagar
Com todos os sentimentos
Com todas as ideias
De que continuo a sofrer.
Quero-te ao meu lado
Para sempre
Mesmo que sempre seja
Demasiado tempo
Mesmo que essa eternidade
Acabe já amanhã.
Não paro de acreditar e querer
Vislumbrar a beleza
Que a vida pode ter e
Que o Amor pode fornecer
Ou que o meu coração
Pode ainda amolecer.
Não paro de pensar
Que a Paz é real
Que o equilíbrio é possível
Que ainda podes saborear
O mesmo que eu sinto
Ao, apenas, te olhar.
Já parei de chorar
Depois de, a custo, me encontrar
E mesmo com todas as dúvidas
Todos os receios, angústias e anseios
É a ti que eu quero
Porque é de ti que eu vivo
E sinto
Ainda que em esporádicos flashes
Tu és a única felicidade
Que eu quero viver.
Já parei de hesitar
Depois de muito ponderar
Consegui concluir
Que és tu o meu sol
E o meu único luar
O meu motivo de rir
E quem me faz chorar
A inspiração da minha poesia
O singular motivo da minha magia
A única força de cada dia.
Pára!
Fala-me... sempre
Ralha-me... baixinho
Ama-me... muito
Namora-me... eternamente
Conhece-me... a cada dia
Inventa-me... novamente
Seduz-me... como tu sabes
Conforta-me... com amor
Ouve-me...
Faz tudo comigo
Porque eu, contigo, tudo sou
E sem ti
Nem sei como estou!
Este pode ser um pedido
Um recado, uma prece
Ou uma letra de canção
O ensejo que apetece
O teu motivo, uma razão.
Preenche, comigo, o teu espírito
Afoga, com o meu amor
Todo o teu sofrimento
Esquece, com a minha ajuda
Todas as tuas preocupações
Faz de mim o teu sono
E realiza o teu sonho.
Rende-te, como eu
A este cupido
Que inesperadamente aconteceu!
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Contradições
Regrido
Em sentimentos controversos
Em sentidos inversos
Em sentires contraditórios.
Devo escolher
Mas nada consigo decidir
Pois falta-me tudo
Para no total
Me preencher.
Sou ser invulgar
Apenas por que não me satisfaço
Com o comum,
Com o regular
Com o imediato.
E porque isto me é inato
Toda a vida vou viver
A diferente me sentir
A igual me fingir
A única me esconder.
Retrocedo
Rápida, veloz, com medo
Do que possa acontecer
E por dentro me destruir
E ainda mais incompleta
Me possa fazer sentir.
É quase irracional
Mas tudo o que sinto,
Existe e é normal.
Equilibro-me, a custo
Neste grande desequilíbrio
Tendo a incerteza por companhia
A solidão por amizade
E o silêncio como infelicidade.
Recuo
Em todas as minhas acções
Em todas as minhas sensações
Ficando rasa, sem emoções
Evitando mais trambolhões
Defendendo quem sou
Pedindo igual ao que dou
Gritando, num grito mudo
Que o Amor
Ainda pode ser tudo!
Recuso
Um outro eu inventar
Um ser diferente me tornar
Ou a ilusão fazer nascer!
Reclamo!
Defesas e condições
Expus-me ao tempo e
Fui atingida por um raio
Inesperado e fulminante.
Por instantes apenas... senti!
Só mais tarde compreendi
Que isso implicava transformação
Na minha existência de solidão.
Fiquei feliz, vulnerável e alegre...
Mas eu só sei viver triste
Apenas conheço o sofrimento
Que me é familiar.
Então, por medo, decidi:
Afinal, quero ficar sozinha
E nada ter que sentir
Nada ter que partilhar
Nem o amor nem a felicidade
Nem o carinho nem a amizade
Nem a dor nem o sofrimento
Nem ainda a indiferença.
Afinal, quero
Apenas a solidão e o silêncio
A tristeza e a rotina
Estar isolada e protegida
Com a incómoda comodidade
Que desde sempre conheço
E viver a única condição
Que sei, por imposição:
Uma estável instabilidade.
Defendo-me assim
Ao querer permanecer
Neste agridoce torpor
Que fomento e
Em que me encontro!
Não me vou mais queixar.
Fecho os olhos... vou ficar
E adormecer... em mim... até morrer!
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Gozo e dor
"Se estou contente, querida,
Com esta imensa ternura
De que me enche o teu amor?
– Não. Ai não; falta-me a vida;
Sucumbe-me a alma à ventura:
O excesso do gozo é dor.
Dói-me alma, sim; e a tristeza
Vaga, inerte e sem motivo,
No coração me poisou.
Absorto em tua beleza,
Não sei se morro ou se vivo,
Porque a vida me parou.
É que não há ser bastante
Para este gozar sem fim
Que me inunda o coração.
Tremo dele, e delirante
Sinto que se exaure em mim
Ou a vida – ou a razão."
Para este gozar sem fim
Que me inunda o coração.
Tremo dele, e delirante
Sinto que se exaure em mim
Ou a vida – ou a razão."
Almeida Garrett
terça-feira, 24 de maio de 2011
Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer; É um não querer mais que bem querer; É solitário andar por entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder; É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata lealdade. Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor? Luís de Camões
domingo, 22 de maio de 2011
Today
"Today I need to find you anyway
Just to take you home
After a normal day
Look of your eyes of easy promises
And kiss your lips the way that makes you laugh
Today I need to hug you
Feel your clothes smell clean
To forget all my anxieties and sleep in peace
Today I need to hear any word from you
Any sentence that I felt exaggerated joy
To be alive
Today I need to have a coffee, listening to you sigh
Telling me that I am causing your insomnia
I always do everything wrong
Today I need you
With any mood, with no smile
Today only your presence
Let me be happy
Just today"
unknown writer
Perguntas que doem
Olho-te e quase não te reconheço. Pergunto-me onde está o homem que eu antes conheci, o que é feito do teu vigor, do teu viço, da tua garra?!
E dói-me olhar para ti, sofro o teu sofrimento, as tuas dores.
Há muito que os teus olhos perderam o brilho de outrora, a aliciante malícia de quem pode tudo na vida. Hoje estão baços, mortiços e embora já tenham visto quase tudo o que podia ser visto, escusam-se a olhar e a aceitar certas coisas.
Minguaste, ao longo dos anos. O teu corpo cedeu, a tua saúde fugiu e agora... depois de toda uma vida de luta, resta-te um corpo doente e com o qual cada vez menos te sabes movimentar.
Tudo isso me fere, me magoa, me revolta. Sinto-me impotente pois nada posso fazer a não ser continuar a assistir, impassível, ao declínio continuado.
Quero ser forte, porque tenho que ser forte, mas... as lágrimas não se contêm e saltam-me em torrentes incontroláveis. Não o faço à tua frente, para não te entristecer mais ainda. Junto de ti, sou um pilar de força e de boa disposição e tento usar, a custo, humor de ocasião.
És dos poucos homens que ainda me faz chorar porque todas as defesas que eu creio ter construído, contigo caem por terra.
Vou continuar incondicionalmente ao teu lado, a amar-te da forma intensa como o tenho feito até agora. E vou continuar a sofrer, baixinho, isolada, para que tu não o saibas.
Esforço-me por compreender e por aceitar este curso doloroso e inevitável da vida, mas não consigo!
E pergunto-me, em jeito de revolta, porque tem que ser desta forma?
E pergunto-me, o que é que a vida fez do meu pai????
sábado, 21 de maio de 2011
"Manual do Guerreiro da Luz"
" Então eu repito:
Os guerreiros da luz reconhecem-se pelo olhar. Estão no mundo, fazem parte do mundo, e ao mundo foram enviados sem alforge e sem sandálias. Muitas vezes são covardes. Nem sempre agem correctamente.
Os guerreiros da luz sofrem por tolices, preocupam-se com coisas mesquinhas, julgam-se incapazes de crescer. Os guerreiros da luz sofrem por tolices, preocupam-se por coisas mesquinhas, julgam-se incapazes de crescer. Os guerreiros da luz, de vez em quando, crêem-se indignos de qualquer benção ou milagre.
Os guerreiros da luz, com frequência, interrogam-se sobre o que fazem aqui. Muitas vezes acham que as suas vidas não têm sentido.
Por isso são guerreiros da luz. Porque erram. Porque interrogam. Porque continuam a procurar um sentido.
E acabarão por encontrá-lo."
Paulo Coelho
Como um rio...
Frequentemente as trevas cortejam-me
Tentam apoderar-se do meu coração
Ferido e moribundo
Sempre que eu experimento sarar
Feridas que já esqueci.
Equilibro-me, então, entre a
Indiferença e a solidão
E comporto-me com um rio:
Fluo, com lentidão
Por entre os obstáculos
Que se sucedem no meu leito.
Resistir poderá significar
Ser destruída
Mas eu sou uma guerreira
Plena de Luz, vontade e firmeza
Para atingir o único sonho sonhado.
Expulso os demónios
Que teimam em me habitar
Clandestinamente
E que libertam falsas preces
De medo.
Solto também a voz do coração
Que preciso entender
Antes de tomar uma decisão
E não me intimido
Com o silêncio, a indiferença,
O isolamento ou a rejeição.
E neste campo de batalha
Aprendo com cada adversário
E com cada derrota.
Hei-de chegar ao mar
Perseguindo a voz do anjo
Que está esquecido no meu ser
E secreta nos meus planos
Mas transparente nas minhas acções
Alcançarei vitórias
E terei alguém
A quem contar as minhas histórias!
Então, com humildade
Todas as minhas palavras
Agora simples e vazias
Ficarão registadas
Na memória do Universo!
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Sentimentos
Chegam todos em simultâneo
Vêm de mãos dadas
E provocam-me ostensivamente.
Com lentidão, cada um a seu tempo,
Separam-se e cercam-me
São atrevidos e espicaçam-me
Martirizam-me, provocam-me.
Finjo que os ignoro
Mas mesmo assim, escondo-me.
De nada serve a dissimulação
Pois eles perseguem-me
Ganham vida e autonomia
E eu, já em agonia
Sou apenas presa fácil
Encarcerada na carapaça
Que habito.
Não me posso proteger
Nem deles, nem de mim própria.
Liberta-se, voraz e agressivo
O Medo que me invade de imediato.
Petrifico, gélida e incapaz.
Chega depois, com cautela
O Amor que, cínico,
Se mostra meu aliado
Espantada e frágil, nada faço.
Aparece então a Incerteza
Velha e volátil como o vento
E toma o seu lugar, cativo.
O Carinho, envergonhado
Mal consegue acercar-se
Do Amor que o chama.
Fica então a Solidão, sozinha
Acompanhando-me no Receio.
A Felicidade?
Essa nem consegue vingar
Ficando irremediavelmente abafada
Nesta amálgama
De sentimentos que eu não pedi.
O que faço com eles?
Ignoro-os e perco?
Viro-lhes as costas e não sei?
Aceito-os e vivo-os?
Ai esta explosão que me invade!
Deixem-me! Eu não sou vossa!!
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Jogos
Passeio-me, ainda em passadas lentas
Neste labirinto emocional que me construíste
E que, com doce crueldade, me ofereceste.
Deixo-me ir, ondulando-me
Ao som melodioso da tua voz
Entrando, lentamente, em transe.
Cada passo é uma rua
Cada rua, um devaneio
Cada devaneio, um caro tormento.
Sei que não és real, que não existes
E que por isso desaparecerás de novo
Fugindo-me por entre estes dedos
Como areia seca do deserto.
Mas toco-te. Sinto--te. Vibro.
Inventei-te, talvez, mas sei que és tu.
E virtualmente continuo
O meu passeio, neste louco anseio.
Falas-me de amor
Mas eu oiço apenas dor.
Depois, dizes-me que me queres...
Entrego-me sem protesto
Sentindo em simultâneo prazer e medo.
O labirinto é um jogo
Marchetado de pedras
De incerteza, sofrimento e ciúme.
Contudo, neste agora
Jogo sem queixume
Escolhendo em consciência, continuar
Até um novo receio chegar.
terça-feira, 17 de maio de 2011
Sorrisos
Muitas vezes, muitos dias, são os seus olhares simples que me conseguem encher um dia mais triste e vazio de afectos.
Olham-me, sorridentes, felizes por me reencontrarem ou dizem-me apenas, de ar cândido e verdadeiro estampado no rosto: "Professora... tu és bonita!".
Derreto-me e entrego-me, numa entrega desinteressada e inocente, também. Nada espero em troca, sabendo no entanto que posso ter tudo ali, nem que seja num momento breve, fugaz até.
Também muitas vezes, quase sempre, direi, depois de os deixar no final de um dia duro, continuo a ouvir dentro de mim os seus gritos, as suas gargalhadas, os seus "não sei" ou até as suas brigas. Não me consigo abstrair das emoções provocadas: "Ainda bem que estás aqui Professora!"
E eles valem a pena. Eles valem sempre a pena... por mim, e por eles!
Olham-me, sorridentes, felizes por me reencontrarem ou dizem-me apenas, de ar cândido e verdadeiro estampado no rosto: "Professora... tu és bonita!".
Derreto-me e entrego-me, numa entrega desinteressada e inocente, também. Nada espero em troca, sabendo no entanto que posso ter tudo ali, nem que seja num momento breve, fugaz até.
Também muitas vezes, quase sempre, direi, depois de os deixar no final de um dia duro, continuo a ouvir dentro de mim os seus gritos, as suas gargalhadas, os seus "não sei" ou até as suas brigas. Não me consigo abstrair das emoções provocadas: "Ainda bem que estás aqui Professora!"
E eles valem a pena. Eles valem sempre a pena... por mim, e por eles!
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Livros
Abro ao acaso e leio vezes sem conta este livro para mim escrito. São estórias sem fim que surgem em folhas em branco, reescritas de cada vez que as decifro.
Quero ignorar que elas me pertencem, dessaber que são minhas e me acontecerão, mas é tudo em vão.
Não tenho como fugir ou como alterar essas crónicas que estão destinadas a me pertencerem.
Sou personagem principal de um enredo enredado nas teias desta vida tão vazia mas imensa, tão intensa, tão amarga!
Aspiro a um conhecimento que não me pertence, a um estado que nunca será meu, a sentimentos que não alcançarei, mas ainda assim procuro nessas folhas alvas o que não pode lá estar.
E leio, porque vivo, porque escrevo eu própria a minha história.
E este livro em branco, pleno das suas narrativas permanecerá imutável, através do tempo dos tempos, para ser lido por quem nele penetrar.
Grande negro
Avancei ao sinal e,
De repente, acendi à minha volta
Um grande negro, opaco e pesado.
Escureceram o dia e a noite
Que ficaram mais escuros
Do que eram antes de ti.
Era tudo ilusão pois essa luz
Ao fundo do túnel da minha vida
Que aparentemente me mostraste
Não passou de um enorme interruptor
Porque tudo de seguida apagaste!
Já nem sei porque insisto
Em querer o que não tenho
E porque me sinto incompleta
E porque me sinto incompleta
Não percebo porque me iludo
Quando sei que todas as ilusões
São apenas erros iguais.
Não me movo
E cerro os olhos com firmeza
Pois não quero mais bater
Neste negro que criei
Pois não me quero magoar
Nesta ilusão em que acreditei.
Não respiro, tão pouco
Também não quero sentir
O bater descompassado
Do meu coração
Não quero ver sequer
A tristeza do meu olhar
Não posso mais ouvir
O som do desalento
E não quero continuar
Ligada a este
Tão grande tormento.
O negro opaco um dia há-de passar
A luz, quiçá, há-de um dia voltar
E eu, debilitada, hei-de poder respirar.
Porém, não voltarei a acreditar
Que uma verdadeira chama poderá me habitar!
E a liberdade do meu desespero
Findará, num dia claro e imenso...
terça-feira, 10 de maio de 2011
Este inferno de amar
"Este inferno de amar – como eu amo!
Quem mo pôs aqui n’alma… quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é vida – e que a vida destrói.
Como é que se veio atear,
Quando – ai se há-de ela apagar?
Quem mo pôs aqui n’alma… quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é vida – e que a vida destrói.
Como é que se veio atear,
Quando – ai se há-de ela apagar?
Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez… foi um sonho.
Em que a paz tão serena a dormi!
Oh! Que doce era aquele olhar…
Quem me veio, ai de mim! Despertar?
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez… foi um sonho.
Em que a paz tão serena a dormi!
Oh! Que doce era aquele olhar…
Quem me veio, ai de mim! Despertar?
Só me lembra que um dia formoso
Eu passei… Dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? Eu que fiz? Não o sei;
Mas nessa hora a viver comecei…"
Eu passei… Dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? Eu que fiz? Não o sei;
Mas nessa hora a viver comecei…"
Almeida Garrett
terça-feira, 3 de maio de 2011
Espera
Espero...
Espero uma felicidade que não chega
Espero uma certeza que não vem
Espero estar contigo
Espero ser sempre quem sou
Espero a saúde e o sucesso
Espero fruir e não sofrer.
Espero uma outra vida que tarda
Espero que esta ferida não arda
Espero!
Espero não ser mais castigada
Por pecados que não cometi
Espero não ser mais julgada
Por delitos que não pratiquei
Espero.
E nesta espera antiga
Corre o tempo sem me esperar
E passa esta vida
Que se esquece de me levar!
Mas, ainda assim... espero!!!
Espero uma felicidade que não chega
Espero uma certeza que não vem
Espero estar contigo
Espero ser sempre quem sou
Espero a saúde e o sucesso
Espero fruir e não sofrer.
Espero uma outra vida que tarda
Espero que esta ferida não arda
Espero!
Espero não ser mais castigada
Por pecados que não cometi
Espero não ser mais julgada
Por delitos que não pratiquei
Espero.
E nesta espera antiga
Corre o tempo sem me esperar
E passa esta vida
Que se esquece de me levar!
Mas, ainda assim... espero!!!
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Em Busca do Amor
" O meu Destino disse-me a chorar:
“Pela estrada da Vida vai andando,
E, aos que vires passar, interrogando
Acerca do Amor, que hás-de encontrar.”
Fui pela estrada a rir e a cantar,
As contas do meu sonho desfilando ...
E noite e dia, à chuva e ao luar,
Fui sempre caminhando e perguntando ...
Mesmo a um velho eu perguntei: “Velhinho,
Viste o Amor acaso em teu caminho?”
E o velho estremeceu ... olhou ... e riu ...
Agora pela estrada, já cansados,
Voltam todos pra trás desanimados ...
E eu paro a murmurar: “Ninguém o viu! ...”
Florbela Espanca
Mas... o que acontece quando o encontramos... e não o deixamos encontrar-nos?? JC
“Pela estrada da Vida vai andando,
E, aos que vires passar, interrogando
Acerca do Amor, que hás-de encontrar.”
Fui pela estrada a rir e a cantar,
As contas do meu sonho desfilando ...
E noite e dia, à chuva e ao luar,
Fui sempre caminhando e perguntando ...
Mesmo a um velho eu perguntei: “Velhinho,
Viste o Amor acaso em teu caminho?”
E o velho estremeceu ... olhou ... e riu ...
Agora pela estrada, já cansados,
Voltam todos pra trás desanimados ...
E eu paro a murmurar: “Ninguém o viu! ...”
Florbela Espanca
Mas... o que acontece quando o encontramos... e não o deixamos encontrar-nos?? JC
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