terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A busca de si próprio...


Há pessoas que nunca se encontram a si próprias, tenham que idade tiverem.Somos seres em construção, sem dúvida, mas a nossa essência perdura dentro de nós e acredito que é aperfeiçoada à medida que crescemos.
Convém "aprendermo-nos", conhecermo-nos, sabermos quem somos, o que queremos de nós, da vida e dos outros para que, em consciência, não andemos a passear pela vida, pela nossa e pela dos outros, de forma a fazermos estragos nas vidas de quem nos cruzamos.
Temos direito a errar, bem entendido, mas não temos direito a magoar para nos podermos encontrar...
Já agora, valia a pena pensar nisto!!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Believe or not believe, that's the question

I'm sorry but I don't believe in Santa Claus...

I'm sorry but I don't believe in a certain kind of hope...
I'm sorry but I can't believe in lies, in people who entered in my life and insisted to show me that two and two it's five. Since the beginning I knew the result, and it is always 4.

Why should I believe and play the jerk? If I did that, should I be a better person? Should I suffer the most part of time to have a few moments of joy? I don't think so.

And the life goes on, searching for better days, better moments with better people.

Anyway, I still believe and I still have the hope that one day (maybe next year!!) I'll find Santa Claus in the skin of a regular man, with a regular life but, inside of him, with the gift of strength and goodness of a new born child.

Anyway, I know that out there Hope is expecting me and I will be blessed with the happiness I deserve...

domingo, 14 de dezembro de 2008

O caminho FEZ-SE caminhando.


Deixei de conseguir caminhar.
Passaram-me rasteiras e fiquei presa nos meus próprios passos.
Não é possível avançar. Encurralaram-me nesta armadilha que ajudei a construír.
Depois da resistência, construi a esperança; depois da esperança quis avançar, ainda que com pequenos passos; e ao avançar acreditei que era possível fazer o caminho...
Enganei-me... fui enganada porque fui indusida em erro e segui pistas falsas.
Agora, em meu redor, tenho apenas um fosso enorme, um enorme abismo igual aos que já conheci e sei apenas que não me posso mexer sob pena de caír nele e me magoar ainda mais.
Sozinha, em silêncio e sem me mover, vou apenas esperar.
Esperar que o tempo tenha a capacidade de preencher este fosso, este abismo cortante e dolente com uma qualquer matéria que me permita continuar.
Continuar não este caminho, mas um qualquer outro numa qualquer outra direcção, com uma qualquer outra orientação.
Estou imóvel até porque, de momento, não me consigo mexer, não consigo reagir. Estou imóvel, desiludida e sem caminho para percorrer...
Vou esperar que uma qualquer luz surja no final deste tunel escuro e frio para onde me conduziram. Talvez ela surja, depois desta malfadada época (pouco) festiva...
Vou esperar...

sábado, 29 de novembro de 2008

Epitáfio


Quando partir, quando chegar a tal hora, se puder escolher, agarro no coração de todos os que amo, misturo todas as boas recordações de bons e intensos momentos, avivo-os dentro do meu próprio coração e vou para a beira-mar à espera que ela chegue.
Assim, sei que vou partir feliz e plena, quase certa de ter cumprido "A" missão que me competia.

Sei que vou aproveitar os últimos momentos em êxtase, bebendo o odor da maresia,enchendo os ouvidos com os sons do mar, das ondas que rebentam de forma incessante, com os olhos rasos dos azuis do horizonte...

Não vou ter epitáfio porque me vou imolar numa pira gigante de onde só me vão sobrar as cinzas que faço questão de serem diluídas nas águas desse mar, mas se o tivesse ele diria:
"Aqui jaze aquela que passou pela vida de forma incompleta, mas que foi feliz em alguns momentos; aquela que tentou dar parte de si no seu dia-a-dia; aquela que lançou várias sementes de amor, mas que corporizou apenas uma de forma intensa; aquela que, ao longo da vida, tentou, à sua maneira, mudar o mundo...
Aqui jaze a enigmática.."

Não seria um grande epitáfio, mas ele serviria a muitas outras marias e, mais uma vez, tal como na vida, manter-me-ia num cómodo anonimato.

Não quero partir ainda mas quero, isso sim, imortalizar a minha efemeridade partilhando com os outros, o que vejo, o que sinto e o que vivo!!!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Morrer lentamente...


«Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem destrói o seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajecto, quem não muda as marcas no supermercado, não arrisca vestir uma cor nova, não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o "preto no branco" e os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projecto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples acto de respirar. Estejamos vivos, então!» Pablo Neruda

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Adeus, Ana... dorme em paz na eternidade



De quando em quando a vida prepara-nos dores para as quais não nos achamos preparados.

Leva-nos para longe da vista aqueles que amamos e a quem estamos ligados.


São dores inexplicáveis, atrozes, incompreensíveis, inaceitáveis. Faz-nos falta a forte presença física, o toque suave e doce, o brilho do olhar, o calor da voz...


Sabemos que eles permanecerão para sempre dentro do nosso ser, dentro do nosso coração, mas tudo isso parece insuficiente comparado com a violência da partida, com a certeza do não regresso...


Esta é a nossa vida terrena, o nosso ver, o nosso não querer.


Antes disso temos "medo" de dizer que amamos, perdemos tempo precioso com rixas e ódios de estimação, não queremos rir ou chorar com receio do que os outros possam pensar de nós.
Somos tolos!
Vamos passar a valorizar todos os pequenos momentos que passamos com os que amamos, pois eles são sempre preciosos e inigualáveis, insubstituíveis, únicos... e nunca sabemos se eles vão ou não ser os últimos, os derradeiros...

Talvez possamos viver intensamente cada momento como se fosse o último (isso sim, vale a pena) e registá-lo de tal forma que ele possa perdurar quando tudo o resto parece ter acabado.


Agora foste tu que partiste, contra a tua vontade, contra a nossa vontade, deixando no coração dos que te amam um vazio difícil de colmatar.
Deves ter sido feliz ao longo da tua pouco longa vida mas esse facto pode deixar alguma felicidade e causar algum consolo.

Vamos ficar contigo sempre, lembrar-te e guardar com carinho quem tu vais continuar a ser.


Dorme em paz, menina, dorme em paz na nossa eternidade de seres humanos e sê feliz para onde quer que vás!

O poder das palavras


As palavra são poderosas..


Elas podem acariciar-nos ou bater-nos, dar-nos poder ou fazer de nós seres impotentes.

Sofremos por elas e com elas pois elas traduzem sempre um estado de espírito, mesmo quando dizemos que não.


E todas as coisas têm um nome. Tudo se pode definir através dos nomes aos quais podemos acrescentar adjectivos, se tal for necessário.


É importante chamar as coisas, as pessoas, as situações pelos seus nomes: daí cada ser ter o seu nome próprio, cada objecto ter o seu nome comum...


Não é comum, direi eu, que haja pessoas que não querem chamar as coisas, os actos, as outras pessoas pelos seus nomes; também é substancial que os substantivos possam ter, anexados a si, adjectivos que os enobrecem, que os engrandecem ou apequenam, consoante as situações e os empregos...


Gosto de chamar concretamente os actos pelos nomes, as pessoas pelo que o são, as coisas pelo concreto, de forma simples e directa, analítica se quiserem...


Não quero ofender, magoar, minorar ou enaltecer... mas todas as coisas têm nome e, usando as palavras poderosas para os chamar... estarei a fugir das regras???


Eu tenho um nome, sou uma pessoa comum e possuo também alguns adjectivos concretos...


Mas, para quê falar de gramática quando o que é importante são as pessoas, os sentimentos e a sua dignidade??

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Presunção


Presumi tantas coisas e tantas vezes já ao longo desta minha extensa vida! Mas enganei-me em quase todas essas presunções ...

Presumi que poderia ser o mundo de alguém enquanto muitas vezes apenas ocupava uma pequena parte desimportante do seu mundo;

Presumi que a minha presença, companhia, dedicação seriam suficientes e de qualidade para que não houvesse necessidade de procurarem mais ninguém, quando na verdade em tudo fui sendo considerada paupérrima;

Presumi ser a única, a que está em primeiro lugar, a última... quando sempre fui considerada mais uma, a outra, mais outra...

Presumi, uma vez e outra que as estórias não se iriam repetir, quando elas têm tendência a passar-se repetidas vezes e a multiplicar-se de forma mórbida...

Presumi que um qualquer dia ia encontrar a felicidade, uma felicidade contínua e não apenas fragmentada em pequenas peças soltas de longos dias soltos;

Presumi sempre tanto e tantas vezes, mas o povo é sábio e ele próprio afirma através de um saber feito de experiência: "Presunção e água benta, cada um toma a que quer!"

O mais sensato será nada presumir, nada valorizar e deixar a vida correr ao sabor dos acontecimentos. Não quero água benta e não vou voltar a presunir.

domingo, 2 de novembro de 2008

Aquecimento global


Este mundo que eu vejo não é o mundo que eu penso, que eu quero, que deveria existir.

Olho primeiro para o meu umbigo lembrando-me de quando em quando, que o meu umbigo

só o é porque existem muitos outros. No entanto, em primeira instância e mesmo sem querer, o meu mundo não é "O mundo"; o meu mundo gira à volta dos que eu amo, de quem eu preciso e por quem me preocupo.

Não seremos todos egocêntricos? Ainda que pensemos no aquecimento globlal, na desflorestação da Amazónia, na crise financeira mundial, na paz entre os povos ou na fome no mundo, não pensaremos em tudo isso em função de quem somos, sentimos e ambicionamos?

Sim, tenho um grande umbigo... mas tão grande que nele cabem as injustiças sociais, a desigualdade, a luta de classes ou a preservação da natureza.

Sim, tenho um grande umbigo mas... quem não o tem???

Flash


Massaja o meu ego.

Acarinha, mesmo que timidamente, o meu ser em gestos subtis, quase impassíveis.
Dá-me o que me pertence, o que é meu por direito, o que é meu por herança, o que é meu por conquista e mérito próprio.
Valoriza-me.
Diz-me que estou viva, que sou importante, ainda que seja apenas aqui e agora e apenas para ti.
Pára o mundo, o tempo, o olhar, a respiração!
Pára tudo e contempla-me!
Pára tudo e diz que eu existo, que sou tua, que me mereço e que te mereço.
Pára tudo mas não te páres a ti próprio.
Continua.
Continua trilhando o teu caminho, caminhando o teu horizonte, planificando de forma incerta o que pretendes, hoje e sempre.
Pára mas não me esqueças nem me ignores, não me rejeites nem me odeies, não me temas nem me magoes...
Massaja o meu ego...
Trata-me com carinho, de mansinho como se fosse a tua gata, como se miasse miados inaudíveis, como se ronronasse prazeres contidos, como se me enroscasse infinitamente em ti...
Esta sou eu.
Adulta no tempo mas criança no sentir e no agir, forte por fora mas frágil por dentro, fria no parecer mas quente no querer...
Expectante vou avançando em silêncio, sem nada revelar.
Sou ser em crescimento e em mudança mas sempre e para sempre fiel a um único caminho e sempre com o mesmo objectivo: A felicidade que mora num castelo de ameias de vidro.

Crónicas


Lambendo a areia fina, as ondas vão-se e vêm-se em movimentos lânguidos e ritmados de final de tarde.

Fecho os olhos e ouço-as como se ainda as visse, como se as sentisse nos meus pés de musa desperdiçada.

O vento sopra de mansinho, timido e sereno, enquanto o mundo se movimenta, as pessoas respiram sentires e o sol acaba de brilhar.

E eu fico... queda, muda, quase impassível nesta esplanada da vida, enquanto tento esquecer o bulício de loucura do dia-a-dia.

E as vagas tímidas continuam a lamber a beira-mar... e o homem das castanhas faz o seu pregão.

Palavras




Alguém sabe?


Alguém compreende?

Alguém sabe o que é querer poder traduzir cada olhar em palavras, cada riso em frases, cada gesto em texto?

É uma necessidade imensa, infinita, infindável, inesgotável... dolorosa por vezes porque não concretizada.

Quero.

Quero traduzir aqui e agora cada batimento do meu coração, cada esgar do meu olhar, cada gesto que me é transmitido, cada rosto, cada olhar...

E vou escrever.

Vou traduzir, reduzir, resumir tudo isto a um enorme texto poético.
Vou escrever, sempre à mesma cadência com que respiro, ao mesmo ritmo de cada batida do meu coração, compassadamente e sem arritmias.
Vou escrever... sempre... mesmo quando mo impedirem de o fazer!!!

Libertação


Vou libertar-me!!

Vou deixar-me invadir, docemente, pelo castiço e soltar toda a doidice que existe dentro do meu Ser.

Vou abrir as portas à loucura, libertar o amor, soltar as contenções de anos que me tolhem, amarram, agrilhoam...

Quero poder ser eu! Eu! Eu em todas as dimensões, com todas as loucuras, manifestando-me sem ser julgada, sem ser apontada, marcada...

Libertar as palavras, os risos, as gargalhadas, os actos...

Deixar os cabelos desgrenharem-se ao vento, rebolar na areia molhada, rolar encosta abaixo até à baía...

Uma baía de mil recortes, de mil odores, de mil sabores, de mil cores.

Inventar um novo tempo e um novo lugar e, a cada sopro, respirar liberdade e amor!

Ai sim, sim! Vou libertar-me!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Os olhos são o espelho da alma


Os meus olhos são traiçoeiros.

Revelam o que se passa dentro de mim sem que eu nada diga.

Falam com o mundo mesmo quando a minha boca se cala e nada quer dizer aos outros.

Mostram exuberantemente o meu estado de espírito e não me deixam espaço para dissimulações ou justificações adequadas...

São os meus sentimentos que se põem constantemente à janela, não esperando por ordens interiores.

Depois... depois qual Carochinha, fico exposta ao meu João Ratão... sem nada conseguir argumentar... sem saber se o posso amar.

Esta transparência por vezes incomoda-me pois não tenho privacidade de alma... e os meus olhos abertos badalam sem cessar o que ouvem do coração!

É assim: os olhos são o espelho da alma... sempre que ela chora ou ri!

Terei eu que comprar uns óculos escuros??

Os meus olhos são verdadeiros... mas traiçoeiros!

"Carlota" - O livro


"As paredes da sua casa pareciam as paredes de um templo grego onde, em vez de estarem escritas profecias adivinhadas por uma sacerdotisa, estavam registos nostálgicos de vida.

Elas estavam plenas de uma escrita desconexa e incompreensível, sem lógica... para os outros. Ela sabia onde estava o início e o fim de cada frase e qual a sequência no raciocínio que ela seguira; não era difícil; era apenas necessário sentir e pensar da forma que Carlota pensava. E Carlota respirava sentires.

Dentro das suas veias corriam emoções e o seu coração batia paixões sucessivas, quase todas elas sofridas e desgastantes, frustradas e frustrantes. Dentro destas corriam ainda rios de letras, pontos, vírgulas , reticências e muitas, muitas palavras que não chegavam à foz, ficando aprisionadas em barragens de mutismo, situadas na garganta..."

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O caminho faz-se caminhando - Parte II


Passo a passo, por vezes tão lentamente qual caracol coxo ou caranguejo com falta de patas, vou trilhando o meu caminho.

É um caminho sinuoso, escorregadio, esburacado e por vezes escuro... mas é o meu caminho.

Num curto espaço de tempo, já caí, já parti saltos de sapatos, já gastei solas inteiras, mas continuo a caminhar, caminhando ao ritmo que sei e posso.
Não estou sozinha nesta caminhada. O meu caminho, ele pretende ser paralelo a um outro e, ainda que matematicamente impossível, entrecruzar-se com ele.

Já ficou para trás um bom pedaço, esse sim bastante acidentado. Agora o caminho que percorro é plano e parece mais seguro... mais estável e promissório...

Quero continuar a aprender a caminhar e a descobrir todas as vertentes que esta vida de caminhante me mostra e oferece, desfrutando de cada enseada e vereda...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Poema


"Aprende a amar quem eu Sou

Leva-me a passear dentro do teu coração

Transporta-me para sempre com amor nessa tua caixa.

Ama-me, acarinha-me e rouba-me

O que resta do meu ser, assim...


Serei eternamente tua e

Dançarei para ti valsas de sons únicos

Cantarei melodias nunca ouvidas

Serei freira casta e surda

Mulher séria e esposa dedicada

Rameira fogosa e amante ardente.


Levar-te-ei ao céu.

Voaremos juntos numa nuvem

de esperança, amor e prazer.

E quando o cansaço nos visitar

Dormiremos com os anjos

Sempre que puder ser.


Não quero mais ser esquecida

Não quero mais ser preterida

Não quero andar escondida

Quero ter e ser parte da tua vida"



quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Eu

Esta sou eu... sozinha, isolada, a olhar para lugar nenhum.
...
É assim que estou bem e assim que vou permanecer.
...
Gosto do azul do mar e do silêncio.
...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

De volta...


"Estou de volta

Pró meu aconchego...

Trazendo na mala

Bastante saudade..." - Diz a canção brasileira...

Eu digo que estou de volta para o meu refúgio que é a minha realidade permanente.


Vou voltar a acreditar apenas nos meus papéis e no meu trabalho; chafurdar de cabeça em toda a burocracia; passar horas no computador nas minhas tarefas e beber os momentos em que passo com o meus meninos a fazer o que realmente gosto e me realiza e permanece sempre na minha vida.


O resto??

Acessórios de duração breve e irreal...

Estou de volta...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Paixão...


Paixão: estado de alma ou de coração?

Espaço do ser ou do sentir?

Lugar do querer ou do estar?

Estado consciente e lúcido, ou semi-inconsciente e longe da realidade, ébrio de sentimentos?


Paixão, encantamento, enamoramento, estado breve, efémero, estado ilusório ou estado permanente e estaca do amor?


Paixão...

Surge como movimentos de maré, como fases de lua, como movimentos de rotação, como explosão de cores e odores...


Paixão...

Filtro de visão, condutora de sentires...

Paixão: Apenas um estado de imbecilidade e de cegueira temporária. Há que acordar para a vida e para a realidade... sempre!!!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Templo de liberdade!!!


Construír um templo à nossa medida é tarefa constante, permanente e um acto de coragem... mas é o nosso propósito enquanto seres vivos.

Construímo-lo todos os dias, peça a peça, com o nosso esforço, o nosso suor, a nossa dedicação e crença, o nosso saber...

Acreditamos nos nossos ideais, nos nossos princípios, na nossa religião (mesmo quando não a temos), no nosso partido (mesmo sem sermos filiados).


O fundamental é, no entanto e independentemente da côr que advogamos, o respeito pela dádiva da vida e pelos princípios básicos e supremos do ser humano.


O templo vai sendo construido como nos deixam e não à nossa medida, porque não vivemos sozinhos e porque os outros não vivem nem pensam da mesma forma que nós: esta é a liberdade da nossa sociedade!!


É importante não desitirmos nunca de erigir o nosso império, suportado pelas nossas crenças, pelos nossos princípios, pelos nossos sentires e pelos nossos quereres.

Só desta forma livre poderemos também compreender, respeitar e aceitar os templos de liberdade dos que estão à nossa volta.
Também por isso todos os que se empenham merecem um hino, ainda que mudo ou guturizado por poucos.

Já dizia o poeta: "Só há liberdade a sério quando houver, liberdade de pensar e decidir... "

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Medo...


O medo não fugiu, não desapareceu, não se dissipou, não deixou de existir.

O meu medo apenas se escondeu, durante algum tempo.

Vestiu uma capa diferente de forma a que eu não desse por ele... mas estava presente, tem estado sempre presente, atrás de mim como uma sombra negra, como um agoiro à espera de atacar.


Hoje voltou a aparecer na sua mais bela pujança e com as suas mais vistosas roupagens, sob as suas mais diversas formas... e eu... eu fiquei pequenina, indefesa, dormente, dolente e assustada.


Quero despedi-lo, divorciar-me, ver-me livre dele de uma vez por todas, acabar com este relacionamento infindável que mantenho com ele... mas ele não me deixa! .... Mantém até uma relação promíscua e doentia comigo!!


E assim vou continuando, caminhando na mesma, mas sempre acompanhada por um sentimento que não queria, acompanhada por este sentir pouco nobre, por esta besta que faz parte de mim...


Caminho... mas ele está lá!!!

domingo, 5 de outubro de 2008

Amor é...


"Amor é: caminhares comigo à beira-mar, estando atento aos meus passos para que eu não tropece e caia."

domingo, 28 de setembro de 2008

Amizade


"Acima de tudo, na vida temos necessidade de alguém que nos obrigue a realizar aquilo de que somos capazes.

É este o papel da amizade."

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

"O caminho faz-se caminhando" - Parte I


O caminho faz-se caminhando...

Com ajuda, Re-comecei a caminhar...

Sinto que estou a fazer um novo caminho e que esse caminho pode crescer e tomar forma.... porque tem pés para andar...
Quero deixar o caminho acontecer, ainda que já tenha caído em muitos outros caminhos que também percorri.
A sombra que o meu ser projecta fica, forçosamente, para trás pois a luz parece, agora, incidir de forma a que tal aconteça.
Sem cansaço ou desalento, aqui vou eu, caminhando...
Sorrio.
Sinto-me feliz com esta caminhada e as pessoas felizes adquirem uma outra beleza. E a beleza dá auto-estima e segurança pessoal.
Afinal, caminhar pode ser fácil, e caminhar é possível!!!

domingo, 21 de setembro de 2008

Ter amigos... Ser feliz... Sonhar... Poder sonhar!


O tempo não pára e independentemente da idade que atingimos e temos, queremos basicamente as mesmas coisas: ter amigos, ser felizes, sonhar.


A única coisa que se vai alterando é a capacidade de sonhar. Umas vezes consegue-se, outras não, porque a realidade dói e os amigos escasseiam.


Mas vamos acreditar nos amigos, quando os temos; vamos acreditar que a felicidade existe, fragmentada e... vamos continuar a sonhar, porque sonhar... não tem preço!!!

Racional vs Emocional


Não faz sentido.
Sei que não faz sentido.
Contraria até a minha vontade... mas é o que acontece, é o que sou.
Racionalmente tento afastar-me das emoções para que elas não continuem a comandar-me a forma de estar, de ser, de querer.
Emocionalmente não me recordo da parte racional e fervilho emoções, mato e morro por elas e através delas, mesmo quando nada faço.


Sou fraca, talvez.

Possuo uma fraqueza intrínseca a quem não é capaz de estar na vida de outra forma e para quem nada faz sentido sem emoções, sem sentimentos, sem sentires, sem afectos...
Definitivamente, sou um ser emocional, replecto de tudo o que não pode conviver pacificamente com o racional.
Retiro de cada emoção um pouco de alimento para proseguir a cada novo dia na selva da vida, ainda que o que retiro não seja necessariamente positivo.


Aprendo, talvez, a cada desilusão, a cada novo estímulo, a cada indefinição.
Por que motivo haveria de fazer sentido???


Já dizia François La Rochefoucauld: "A mente é sempre enganada pelo coração".

Quadras soltas em pensamentos soltos



De que serve crescer
Se o tempo apenas traz desilusão?
De que serve fingir
Se me dói o coração?

De que serve não querer
Se a dor me faz sentir...
De que serve esquecer
Se apenas tenho solidão?

Venham então os sentimentos…
Venham também os pensamentos,
Venha a dor e a angústia,
Venha a certeza do fracasso.

Venham todos…
De braços abertos os recebo!
Anseio e sei o que faço,
Mesmo não o mostrando por momentos.

Aceito mal este destino.
Rejeito esta rejeição!
E de forma descontrolada,
Sei que controlo a situação.

Sou ave de asas cortadas.
Sou ser de arribação.
Sou mar de águas paradas.
Sou mulher, dor e paixão.

Mas o Amor não faz sentido
E a Tristeza também não.
Deste mundo para sempre perdido,
Quero partir sem dar perdão.

Dia da Mãe



Sou mãe graças a ti.
Prendaste-me com o mais belo e profundo sentimento que uma Mulher é capaz de sentir: ser Mãe!

É contigo que tenho experimentado a certeza de que vale a pena estar viva, viver e continuar a viver.

Vivo com intensidade cada pedaço da tua vida: estou feliz quando tu o estás, triste quando tu entristeces, sofro as tuas dores, tenho as tuas febres...
Preocupo-me contigo e por ti... rio e choro ao teu lado, ainda que esteja longe.
Mas, essencialmente, tu fazes-me feliz e orgulhosa de ti.

Temos connosco a "Strength" que é só nossa e que nos permite ultrapassar todos os obstáculos que teimam em aparecer no nosso caminho. E vamos continuar vitoriosos, sempre!
Mesmo quando eu já não estiver ao teu lado estou segura de que deixei em ti a "semente" de mim que te vai permitir andar em linha recta rumo ao teu objectivo.

Desfila constantemente nos meus olhos a tua mensagem: "... Sem ti nunca teria conseguido atingir aquilo que atingi..." .... porque isso é o que eu sinto, é o que eu te teria já dito: possuis o dom de me injectares com força e persistência quando todas as adversidades se lembram de me visitar ao mesmo tempo!

Por isso meu amor, sou eu que te agradeço e louvo o facto de seres meu filho.
Obrigada por me teres permitido ser a mãe que sou!!!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Sempre... amigos



Sempre que estou triste,


lembro-me dos momentos de felicidade;




Sempre que estou sozinha,


lembro-me que já estive acompanhada;




Sempre que estou irritada,


lembro-me que já estive calma;




Sempre que choro,


lembro-me das gargalhadas que já dei;




Sempre que chove,


lembro-me dos dias de sol;



Sempre que me sinto só,


lembro-me dos Amigos que me enchem o coração!!


Sempre...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Marés da vida


Searching, digging, diving...
Finding, wasting, loosing...
Crying, suffering…
Smiling…
Going on…
Rebirthing..
Beginning…
Creating… Killing…
Dreaming, waking up...

Searching...

Digging...

Diving...

Dying slowly...

Sem entendimento...


Vou escrever um livro de insólitos, de inversosímeis, de des-entendimentos.

Dos meus insólitos, acrescento.

"Pode dizer-me onde comprou as suas meias, se não se importa??!!" - e eu não trazia meias!

"Sim, é uma coisa castanha...." - quando apenas ergui o indicador....

Balanço-me sem jeito entre mundos de impossíveis e, como tal, in-conformo-me.

Nasci de casta única, decididamente. Única e não classificada, claro!

Em tempo de vindimas, mesmo espremida e pisada apenas continuo a produzir o meu velho desencanto.

Sem copos de cristal, serviços completos de jantar, preceitos idiotas de etiquetas de bem receber e servir, aqui me encontro na safra diária.

Não preciso de guardanapos de linho fino, nem de bordados ou rendas de bilros.

Nunca bebi Moët Chandon, e quando me corto verifico que o meu sangue brota bem vermelho e não azul...

Fico amiga dos meus amigos e assim sou.

Olham-me de soslaio, com desconfiança e insegurança...

São as vindimas!!!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Recomeço...


Começou hoje.

Começou hoje mais um ano. Não mais um ano civil, com o início e terminus do calendário tradicional, mas mais um ano de trabalho.

É o retomar, o rever, o relembrar, o continuar.

Céu ou Inferno, sonho ou pesadelo, cumpre-nos a intervenção para que tal seja possível.

É mais um início em muitos casos cheio de expectativa ou, em muitos outros, cheio de angústia.

A dor e o sofrimento, o prazer e a calma vão depender um pouco de nós e da nossa atitude embora nos ofereçam desde já um cardápio cheio de ingredientes meio envenenados.

Afinal, a felicidade no trabalho é meio caminho para atingir a felicidade pessoal e plena.

E já decidi: em vez de me lamentar cada vez que algo correr mal e ficar emperrado vou valorizar cada pequena coisa que correr bem, beber o sorriso de cada carita apatetada que compreender o que lhe digo, sorrir com todos os que trabalham comigo todos os dias, esquecer que não posso (porque não consigo) mudar o mundo e vou tentar modificar , para melhor, todos os dias deste novo ano uma pequena atitude em mim, acreditando que é possível... que é sempre possível ser melhor e mais competente.

E vou deixar ser Verão o ano inteiro para que o Sol acalente a minha prática e o frio do Inverno não me moleste nem entristeça, nem tão pouco me atrofie as ideias nem os sentimentos, nem o brio ou a vontade de ser competente.

Afinal, todos podemos, se nos permitirmos, ser pequenos deuses das nossas vontades, não nos deixando subverter pela máquina infernal do trabalho e do tempo!

Um bom ano de trabalho para quem o decidir ter!!!!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Em aprendizagem


Os anos passam mas sinto-me pequena... ainda menina em muitas coisas.

Estou continuamente em aprendizagem.

Sofro com as minhas desilusões, deslumbro-me com os meus sonhos, padeço com as dores alheias e com os projectos não concretizados dos que eu amo e me rodeiam.

Outrora quis pensar que as Mulheres não sofriam, não sentiam desencanto nem padeciam de males sentimentais... mas há muito que descobri que me enganei.

As Mulheres, fortes, seguras, altivas, senhoras de si, boas mães e profissionais exemplares, até têm sentimentos e mesmo sem o mostrarem ao mundo, sofrem em silêncio de cada vez que respiram fundo e nesse fundo não encontram o amor verdadeiro e singular que pretendem, que necessitam e ambicionam... E continuam a mostrar-se ao mundo fortes e perfeitas, seguras e altivas, profissionais exemplares e mães extremosas.

Embora menina sem idade, faço parte desse grupo e também por isso, sem o querer, vou-me doendo em silêncios forçados e escondidos...

Será que depois de crescer mais vou continuar a ter este sentir???

Afinal... isto também é ser Mulher!!!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Explosão de cor...


Pintas-me com cores de amor.

Quando estás perto de mim sinto-me um arco-íris, fulgurante de cor. Rejuvenesço ao teu lado... sinto-me jovem, fico hilariante e plena de felicidade. A beleza interior invade-me e toma conta do meu ser.
Creio que não te consigo transmitir como me sinto, como me fazes sentir, como me fazes crescer, como aprendo contigo, como, de certa forma, crescemos juntos...

São momentos únicos, sempre especiais e inigualáveis embora se repitam.

Olho-te com muito amor e orgulho, com a certeza de que és um ser óptimo e pleno de qualidades. És lindo por fora e, mais importante do que isso, és maravilhoso por dentro. Sei que te consegui injectar os valores mais nobres, os princípios mais puros e profundos qua algum dia aprendi.

Dei-te as asas e tu voaste sozinho.
Continua o teu voo, meu amor. Sabes que serei sempre o teu aeroporto, o teu porto de abrigo, não importa para onde vás ou onde estejas. Tu serás o meu pote dourado pleno de riqueza que estará sempre na origem do meu cromatismo, do meu bem-estar, da minha felicidade.

Boa viagem, meu filho!!!!!!!!!!

Ilha


Procurando a perfeição, perdi-me pouco depois do início do trajecto.
Encontro encruzilhadas plenas de armadilhas em que invariavelmente tropeço, caio, magoo-me e choro.
Choro de dor, de ira, de perda, de cansaço.
Fico estendida durante longo tempo esperando que ela venha de novo ter comigo. E, também invariavelmente, ela vem. E eu agarro-a, ergo-me e sento-me confortavelmente nela, na Força, continuando a viagem por parte incerta.
Mas tudo acontece por uma razão pois nada acontece por acaso. Por isso, muitos acontecimentos não casuísticos na minha vida conseguiram transformar-me numa ilha.
Fiquei sozinha e isolada de todos.
A distância relativamente aos outros é cada vez maior.
Vejo-os, mas eles não me vêem, ocupados que estão a olhar para os seus grandes umbigos.
Para além da tristeza imensa que me fazem sentir, não gosto da pessoa em que me tornaram. Estou a perder a vontade de os ajudar, de estar ao seu lado... estou a arrefecer.
A temperatura desceu, sem dúvida. O cansaço instalou-se. Concluo que fiz um trabalho aparentemente inglório pois nada do que fiz valeu a pena.
Plantei árvores que não me deram fruto. Alimentei seres que não me deram crias. Trilhei caminhos com os pés descalços, lado a lado com essas pessoas e não encontrei o trilho de regresso, apesar de os ter levado a bom porto, de lhes ter mostrado o bom caminho.
Fui tábua de salvação, ancoradouro, muro das lamentações, ombro ouvinte, amante fogosa, irmã amiga, filha extremosa, esposa dedicada, vizinha civilizada, mestra exímia, namorada afectuosa, dona exemplar, orientadora espiritual... fui tudo o que me pediram, tudo o que de melhor podia, sabia, conseguia... mas nada foi suficientemente bom e forte para conseguir manter a meu lado os que amei.
Por isso, transformei-me nesta ilha que vou permanecer, que agora quero ser, embora alguém ainda o possa mudar...
Vou continuar a trilhar o meu trajecto incerto.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Fases


Fases
Tenho fases de lua poética e por isso
mudo ao sabor do tempo, ao longo do mês.

Por vezes sinto-me minguante de alento,
vazia de esperança e de querer...

Outras, cheia de mistério, dor e medo...

Outras ainda crescente de confiança
e força
E fé e vontade de continuar...

Outras porém nova de amor e sensações
para partilhar.

E em cada ciclo renasço, renovo-me e transformo-me:

Sou remoinho no céu, nuvens, vento, chuva, luar!!
Luz no meio do mar, vagas para afastar..
Sou água, sal e poder
Sou sol, calor, ardor e bem estar...

A minha Natureza é rebelde e cheia de vida.
Não posso nem deixo entrar nela
quem estiver a chegar, mas de partida!

Brincando aos escritores...


Hoje apetece-me brincar aos escritores.
Afinal, ha por ai tanta gente que o faz e se pavoneia por esta imensa rede, deixando os seus blogs ao sabor de quem os quer ler! E nao sera dificil ser escritor, debitar amontoados de palavras sonantes e pouco ususais, ter cuidado na pontuacao e acentuacao e... eis que temos escritor!Dificil, dificil, e sentir o que se escreve, carregar de sentimentos cada palavra que e teclada, imprimir um cunho pessoal, unico e especial a cada frase. Isso sim, marca a diferenca, e o conseguir ser "especial". Honestamente, nao e o que todos, de uma forma ou de outra, ainda que secretamente, procuramos??? Sim, queremos e por vezes cremos ser seres especiais, unicos, singulares, diferentes mas que essa diferenca sobressaia pela positiva. E depois queremos encontrar uma pessoa que o reconheca, que o sinta e que o diga em voz bem alta para que o possamos ouvir. E quando essa pessoa nao existe, resta-nos acreditar veementemente que o somos, repetirmo-nos imensamente que o somos ate, de facto, o sentirmos... ainda que nao o sejamos, mas isso, pouco importa.E por isso que hoje, depois de ler o blog da amiga do amigo, senti vontade de ser escritora e nem preciso de me repetir a mim propria que sou unica e especial, porque sei que o sou embora nenhum imbecil o ache!!! Hoje apeteceu-me brincar aos escritores!!!