Sem pretensões... Apenas para partilhar as palavras que me sufocam e voam demasiado céleres dentro do meu pensamento, reunidas em poemas que contam estórias... ou em crónicas de ninguém, sempre inventadas... por uma maria de luz (sem acordo ortográfico)
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quinta-feira, 9 de junho de 2011
Farol
Sei de um farol triste que se apaga
Depois de cansado me mostrar o caminho
Acende-se, a medo, de quando em quando
Mas quando tomo o seu rumo
Ele apaga-se e deixa-me doida à deriva.
Estou habituada a navegar em mares agitados
Estou habituada à muita resistência
Da minha já frágil embarcação
Mas ainda não me consigo habituar
Ou tão pouco aceitar, ter que ficar perdida
E às escuras, atirada na forte ondulação.
Sopram sempre ventos adversos daquele lado
E de todas as vezes que navego
Encontro águas turvas e agitadas
Por uma enorme agitação interior.
Não sei mais o que fazer
Se hei-de navegar sem esse farol
Arriscando viajar nas trevas,
Se hei-de ficar para sempre atracada ao cais
Ou se hei-de enfrentar com temor
A agreste e dura tempestade
Que continuamente adivinho.
Sei apenas que qualquer que seja
A escolha que fizer
Haverá sempre outras marés
Que de forma infindável
Continuarão a acostar o farol
E eu, triste, do outro lado
Esperarei por marés serenas
Propícias à minha navegação...
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