Cresceram-me umas asas de Ícaro
Para quando o chão me falta
Debaixo dos pés
Mas começa a ser tão frequente
Que já não sei se sou
Pássaro frustrado
Ou simples humano derrotado!
As dores doem-me tanto
De novas e diferentes que são
Que não há voo
Não há marcha
Não há navegação
Que mitigue esta situação.
Disseram-me que não havia
Nada mais de mau
A poder sentir
Que já tinha experienciado
Todos os maus sentimentos.
Mas eis que se lembram
Que ainda podia sofrer
Um pouco mais
E inventam
Um novo padecimento.
E as asas derretem
Do voo alto que levaram.
Caio então estatelada numa realidade
Em más experiências cimentada.
Rebento de aflição
Expludo de ansiedade
Esvaio-me em depressão
Estilhaço-me de tristeza
Porque tudo deixa de fazer sentido
Tudo precisa de ser repensado
Talvez reprogramado
Talvez reaprendido...
Quem sabe, esquecido!
JC - Inédito
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Imagem retitada da net |
Debaixo dos pés
Mas começa a ser tão frequente
Que já não sei se sou
Pássaro frustrado
Ou simples humano derrotado!
As dores doem-me tanto
De novas e diferentes que são
Que não há voo
Não há marcha
Não há navegação
Que mitigue esta situação.
Disseram-me que não havia
Nada mais de mau
A poder sentir
Que já tinha experienciado
Todos os maus sentimentos.
Mas eis que se lembram
Que ainda podia sofrer
Um pouco mais
E inventam
Um novo padecimento.
E as asas derretem
Do voo alto que levaram.
Caio então estatelada numa realidade
Em más experiências cimentada.
Rebento de aflição
Expludo de ansiedade
Esvaio-me em depressão
Estilhaço-me de tristeza
Porque tudo deixa de fazer sentido
Tudo precisa de ser repensado
Talvez reprogramado
Talvez reaprendido...
Quem sabe, esquecido!
JC - Inédito