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Imagem retirada da net (autor desconhecido) |
Tu mostras um ar alegre
Sem o conseguires estar
Tu sorris
Quando queres chorar
Tu vestes o mais lindo fato
Quando só de andrajos consegues andar.
Alimentas a tua falácia
A tua auto-estima
Sobre linhas construida
Mostras ao mundo
O que nem sempre acreditas
E maldizes as tuas benditas.
Já nem consegues agradecer
O pouco que de bom tens
Será pouco, ou será muito
Neste mundo materialista
Nada é
Mas se falares de outros bens
És considerado feliz
E não haverá ser lúcido
Que o desdiz.
Mas a outra realidade
Para outra dureza te acorda
E é esta a tua dualidade
É esta a tua interior discórdia
É este o motivo do teu sofrimento
É este o momento do teu recolhimento
É este o momento do teu aniquilamento
Para o qual,
De tanto quereres,
De tanto te esforçares
Um pequeno monstro pariste.
E agora... agora que meio mundo viste
A dor é mais dilacerante
Qualquer atitude mais acutilante
E o conseguir Estar
Cada vez menos apaziguante.
E depois... depois mostras o teu ar alegre
Um sorriso de olhar triste
Uma palavra de alento
Sem verdadeiro sustento
E uma atitude de confiança
Onde, no fundo, existe tudo
Menos, no Futuro, esperança!
JC - Inédito