Finjo ainda que vivo
Pedaços de uma felicidade que não tenho.
Vem sempre emprestada
Vestida de pedaços de nada
E extingue-se quando
Abro bem os olhos
E constato que não é minha.
Não é felicidade
É dor fingida de alegria
E assim que a verdade se faz dia
É descoberta
A mesma triste realidade.
E os balões de soro
Que antes me alimentavam
Rebentam agora
Sem sentido e extemporaneamente
Causando-me outras feridas
E outras maleitas
Inesperadas e desconhecidas
Outras fomes, agora insatisfeitas.
Roubaram-me quem eu era
Por isso já não sei quem sou
Sei que dói
Sei que a voz mesmo calada
Não acerta
Que o acto mesmo sem ser feito
É incorrecto.
Dói-me o peito
Dói-me a dor
Já não sei o que fazer.
Não tenho para onde ir
Onde me abrigar
A quem me dirigir.
Resta-me a dita,
Tão certa mas tão tardia.
Quero tê-la
Quero vê-la
Hoje, oh, já hoje
Agora, à noite
Antes que a brisa quente
Traga o ar de dia!!!
JC - Inédito
Pedaços de uma felicidade que não tenho.
Vem sempre emprestada
Vestida de pedaços de nada
E extingue-se quando
Abro bem os olhos
E constato que não é minha.
Não é felicidade
É dor fingida de alegria
E assim que a verdade se faz dia
É descoberta
A mesma triste realidade.
E os balões de soro
Que antes me alimentavam
Rebentam agora
Sem sentido e extemporaneamente
Causando-me outras feridas
E outras maleitas
Inesperadas e desconhecidas
Outras fomes, agora insatisfeitas.
Roubaram-me quem eu era
Por isso já não sei quem sou
Sei que dói
Sei que a voz mesmo calada
Não acerta
Que o acto mesmo sem ser feito
É incorrecto.
Dói-me o peito
Dói-me a dor
Já não sei o que fazer.
Não tenho para onde ir
Onde me abrigar
A quem me dirigir.
Resta-me a dita,
Tão certa mas tão tardia.
Quero tê-la
Quero vê-la
Hoje, oh, já hoje
Agora, à noite
Antes que a brisa quente
Traga o ar de dia!!!
JC - Inédito