sábado, 26 de setembro de 2009

Vazio


De quando em quando sinto-me vazia.
É cíclico e, ao que parece, inevitável.

Esvaziam-me por dentro, deixam-me oca e incapaz do que quer que seja; isto até recuperar, até me encher, até me regenerar... e esperar que volte a acontecer.

A única coisa que consigo sentir é o desconforto de ser como sou, a múltipla inutilidade de ser quem sou e a tristeza de ter eu própria que enfrentar as consequências da minha frontalidade.

Aliado ao meu esvaziamento caminha sempre um sentimento de impotência, de incompreensão e de desfazamento relativamente à realidade que me circunda.

E nessas alturas... nestas alturas, nem as palavras nem a partilha me confortam ou alegram.
Mas sei que sou como as árvores, que tenho as minhas raízes fortes, que as minhas folhas caem mas que um outro dia elas voltarão a crescer e a ficar verdes pois, apesar de tudo, não vou permitir que me derrubem!
Afinal... as árvores morrem de pé!!!

sábado, 5 de setembro de 2009

Ha um tempo para tudo

"Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.

Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;

tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;

tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;

tempo de espalhar pedras, e tempo de juntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de abster-se de abraçar;

tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de deitar fora;

tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;

tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz."

... mas com todos estes "tempos"... muitas vezes nem sei onde me colocar e sinto o meu "relogio" completamente avariado e a querer contrariar o proprio Tempo.