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Vêm aí o S. Pedro
E as Festas da aldeia
Está na hora de convidar os filhos
E dar sumiço à plebeia!
Que vivam os carrosséis
Os petiscos e as farturas!
Que viva o corso garrido
Com cavalos e charretes!
Que vivam todas as coisas
Menos a moça das chicletes!
Com tanta animação
Folia, largadas e diversão
Para quê perder tempo
Com quem é um estorvão?
Venham de lá esses toiros
E também as garraiadas
Vamos todos festejar
A liberdade e o contentamento
De nada ter que explicar
A ninguém, em nenhum momento!
Está aí o S. Pedro
E as Festas da aldeia
Conviver com os novos
Comer, rir e sempre beber
Sem ter nada que prometer!
Vem aí o desfile luminoso
Com carros, música, moças bonitas e alegria
Com os nossos amigos
Vamos cantar e dançar até ser dia!
Acabou o S. Pedro
Já sem filhos, amigos, festas e romaria
O que fazer à solidão e tristeza,
Ou à falta de companhia?
Foi-se embora o S. Pedro
E a aldeia despiu a sua cor
Com ele foram-se os descendentes
E foi-se também a certeza
Da perda de um grande amor.
Foi-se embora o S. Pedro,
Não há festas na aldeia...