É um banquete de sentidos, invisível ainda, pleno de matérias raras e por isso nunca usadas nem nunca vividas.
Guardo-o com empenho e afinco porque sei que um dia poderei usá-las em pleno.
Há encerrado neste tesouro muita alegria e cores variadas, odores subtis, aromas frescos mas enebriantes, sons suaves e envolventes, sedas e cetins de toque macio, estonteantes bebidas frescas de sabores exóticos.
Guardo-o.
Guardo-o para o usar apenas quando o puder partilhar com quem veja esse tesouro como eu o vejo, o sinta como eu o sinto, o saboreie como eu o saboreio, o ouça como eu o ouço...
E então, o meu agora adormecido império dos sentidos poderá de novo funcionar.
Guardo, num cantinho secreto, um tesouro escondido.